Arkham City - Cap. 3

Hey gente :D Vim trazer o 3º capítulo da trama aqui do blog. Eu não sei se está muito pequeno mas é bom sempre manter o suspense. 

Eu desabei sob uma cadeira, não estava entendendo nada. Depois alguns segundos de um silêncio constrangedor, eu me atrevi a perguntar:

- Mas como você está livre?

- Sr. C tem contatos, todos tem medo dele. Afinal, ter meu queridinho como namorado tem suas vantagens – hehe.

Aquela risada dela estava começando a me deixar estressada, eu sabia que ela queria armar para mim de alguma forma. Talvez ela achasse que eu estivesse tentando algo com o Coringa, ela achava coisas de mais...

- Sem mais enrolações menina.

A voz dela ficou realmente séria, seu jeito de piralha simplesmente sumiu e ela me fuzilou com o olhar.

- Você vai sair daqui. Vai cuidar do Mr. C, vai achar alguém que vai o salvar. Tomar conta de seus negócios.

Eu soltei um leve sorriso, por dentro eu queria me levantar e abraçar Arlequina, mas no fundo eu sabia que isso seria perigoso, que eu teria que matar, e de alguma forma sentia que nada daria certo. Era encrenca na certa. Mas eu precisava assentir, ou não sairia daquela sala de outra forma além de em um saco para cadavérs.

- Ok. – Sussurei – Mas o que tenho que fazer lá fora exatamente? Dar sopa de letrinhas para o Coringa? E porque eu? – Falei, ainda mais baixo.

- Não se faça de boba. Você é esperta, esperta e violenta. -  Louca – ela falou baixo - E é disso que precisamos... – falou andando de um lado para o outro, passando a mão na mesa – Além disso, eu estou muito ocupada fazendo o projeto ser aprovado, não vou conseguir dar atenção ao meu amor...

Ela respirou fundo, e ficou em silêncio por alguns segundos tensos que pareciam horas.

- Faça isso direito, e lembre-se, ele é meu queridinho!

- O que você acha que eu vou querer com um velho louco que usa maquiagem? – falei na minha cabeça. Imagina o que aconteceria se falasse em voz alta? Morte? Não, tortura.

Parecia que as paredes tinham lido minha mente, porque quando eu pensei nisso a televisão se ligou e o Coringa apareceu na tela, acho que ele conseguia nos ver, porque quando me viu deu seu sorriso psicótico de sempre. 

- Ohh! Olá Alice! - me perguntei como aquele maluco sabia eu nome - Vejo que já recebeu as boas noticias. Espero que faça direitinho tudo que eu mandar. - falou, com um jeito sarcastico. 

Ele suspirou e se dirigiu aos outros:

- Quero ficar a sós com a menina.

Arlequina deu uma volta ao meu redor, se abaixou e olhou em meus olhos, eu senti que ela estava passando uma faca no meu pescoço, pareceu uma eternidade, mas quando me liguei a porta estava se fechando. Me levantei da cadeira e encarei a imagem de Coringa: 

- Como você sabe quem eu sou, me responda!

- Eu e seu pai somos grandes amigos, na verdade, eramos. Fui eu que ajudei a escolher seu nome, Alice, como a menina que foi a terra da loucura e de lá não voltou. - Ele respirou fundo e continuou - Eu tentei falar com seu pai, avisar que você seria útil a nossa causa, mas ele não me ouviu... e você... Bem, sabemos como termina essa história, não é mesmo?

- Que causa? A de Arkham City? 

- Não. Arkham City é só uma pequena parte do grande projeto, ela é apenas um disfarce, é nela que tudo irá começar. - falou, com um jeito pensador na voz e soltou uma risada que me deu calafrios.

Eu posso parecer uma pessoa má, poré, a verdade é que eu só quero sobreviver. Apenas isso. Achei uma ótima forma de sobreviver, mas infelizmente, era a errada. Deixa, eu não me importo, cada oportunidade é uma oportunidade, e dane-se os outros, eles também só querem sobreviver. E isso é uma floresta, ganha o mais forte e mais esperto.